
Deputado pede, após morte de Laís, mudança na legislação
CLÁUDIO EDUARDO DE SOUZA
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Laís Helena Machado sonhava ser médica. Dedicada, chegou a ser aprovada no vestibular para os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Odontologia, Engenharia Mecânica e Engenharia de Minas. Mas resolveu perseguir o sonho de ser médica. Em dezembro de 2015 veio a aprovação no vestibular para o curso tão desejado. Ano passado iniciou a faculdade de Medicina, na cidade de Lages. E antes que iniciasse mais um ano na universidade, o sonho de ser médica acabou em um acidente náutico. Laís, com 20 anos, morreu antes que pudesse chegar ao hospital.
Um grupo daqui, embarcou rumo ao litoral paulista pelo mar. Laís era uma delas. Foi com o pai, o empresário Jonas Machado, de jet ski. Estavam, na última sexta-feira, no estado do Paraná, próximo à Ilha do Mel, quando o acidente aconteceu. Não foram repassadas maiores informações sobre a colisão, apenas que um jet ski teria batido no outro.
O Corpo de Bombeiros de Paranaguá acionou o helicóptero Falcão, da Polícia Militar, para atender a ocorrência. De acordo com o Tenente Arendt, que estava na aeronave que fez o resgate, Laís foi trazida de lancha do local do acidente, em alto-mar, até uma praia na Ponta Oeste da Ilha do Mel. Lá, médicos e enfermeiros trazidos pelo helicóptero Falcão fizeram os primeiros procedimentos. Ela teve traumatismo craniano e parada respiratória, segundo o tenente.
O helicóptero levou Laís até o aeroporto de Paranaguá, para que ela fosse levada de ambulância até o hospital mais próximo. Mas, conforme o policial militar que participou do resgate, a estudante de Medicina morreu assim que entrou na ambulância.
Laís é filha de Jonas e da coordenadora de Proteção e Defesa Civil de Tijucas, Sheila Dias. Ela foi sepultada no cemitério municipal de Tijucas, na tarde do último sábado. A missa de sétimo dia está marcada para amanhã, às 19h30, na igreja matriz.
CASO INVESTIGADO
Por meio de nota à imprensa do estado, a Capitania dos Portos do Paraná (CPPR) informou que abriu um inquérito para apurar as causas do acidente. A CPPR teria sido informada do caso pelo próprio Corpo de Bombeiros por volta do meio dia e enviou equipes até a Ilha do Mel para prestar atendimento. O inquérito deve ser concluído em 90 dias, prorrogáveis por outros 90 dias.
MUDANÇA NA LEI
O deputado estadual Serafim Venzon (PSDB) apresentou uma indicação à Marinha do Brasil pedindo alterações na lei que regulamenta o uso de motos aquáticas no país. O parlamentar quer incluir o uso do capacete e de óculos protetores nos itens de segurança obrigatórios nos jet skis. Atualmente, há obrigatoriedade apenas para o uso do colete salva-vidas. A medida visa aumentar a segurança dos condutores e passageiros. Venzon apresentou o projeto após o acidente que resultou na morte de Laís.
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