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05 de Outubro de 2017 - 12:58:08

Quando a enfermeira se torna paciente

“Aprendi a dar mais valor à vida e às pessoas ao meu redor, relevar coisas pequenas e repensar sobre o que realmente vale à pena dar importância”
 
 
Quando a enfermeira se torna paciente

Andreia trabalhava num hospital particular atendendo pacientes com câncer

 

Tem acontecimentos da vida que parecem verdadeiras ironias do destino. A técnica de enfermagem Andreia de Souza, de 39 anos, trabalhava havia oito meses no atendimento a pessoas com câncer, num hospital particular. Mas, desde junho deste ano, passou de enfermeira à paciente. Foi diagnosticada com câncer.

Há um ano e meio atrás, Andreia fez o ultrassom na mama e não encontrou qualquer coisa errada. Por isso, estava tranquila. Até que, em junho deste ano, durante o trabalho no hospital, sentiu um desconforto. Quando foi observar, no autoexame sentiu o nódulo e falou para si: ‘isso aqui é câncer!’. No local de trabalho mesmo já foi atendida: fez a ultrassonografia, todos os exames necessários para confirmar o diagnóstico e, um mês depois, fez a cirurgia para retirada das duas mamas.

“Foi tudo muito rápido. E trabalhar com pacientes oncológicos, torna as coisas mais difíceis, por saber todo o histórico da doença. Sem contar o psicológico que fica muito abalado”, comenta Andreia. Nesta hora, o que faz surgir forças – mesmo quando parece tão difícil – é o amor dos que estão próximos. “Meus amigos de trabalho foram incríveis o tempo todo, choraram comigo, lutaram comigo. Alguns amigos se afastaram, outros ficaram ainda mais próximos. Minha família sempre dando força... Isso faz toda a diferença”, conta.

Esta semana, Andreia fez a segunda sessão de quimioterapia – que deve fazer até o fim de novembro. Sentiu os efeitos que, antes, ouvia os pacientes relatarem enquanto tentava reconforta-los. Antes mesmo que todo o cabelo caísse, fez cortes que permitissem que a mudança fosse gradativa até que, enfim, raspou tudo. E diz se sentir bem. “Procuro sempre me maquiar, dar espaço à vaidade para que o meu exterior esteja bem, mesmo que o interior esteja tão abalado”, confidencia.

Tarefas do cotidiano hoje parecem barreiras. Não pode mais ir à academia ou dirigir. Para frequentar lugares com muito movimento, como banco e mercado, precisa colocar máscara, por estar com a imunidade muito baixa. Até mesmo para algumas tarefas domésticas precisa de ajuda. Mesmo assim, tira destas dificuldades do dia a dia a força para seguir em frente, superar e crescer. “Se minha vida mudou? Muito! Mas também tiveram mudanças positivas: aprendi a dar mais valor à vida e às pessoas ao meu redor, relevar coisas pequenas e repensar sobre o que realmente vale à pena dar importância”, ressalta, certa de que, ao final de tudo, será uma pessoa ainda mais forte para ajudar os que enfrentam a mesma luta que ela encara hoje.

 

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